Longboard – Segundas Impressões

28 de Agosto de 2016

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Faz algum tempo que não coloco novidades aqui no blog, nomeadamente sobre as minhas aventuras com a longboard eléctrica. Vou descrever algumas das minha experiências recentes, algumas boas e outras dolorosas.

No segundo dia em que comecei a andar de longboard eléctrica fui ganhando mais confiança e testando o meu equilíbrio e capacidades. Tudo parte da aprendizagem de alguém que nunca andou de skate antes.

Uma das funcionalidades presentes numa longboard eléctrica é ter a capacidade de se usar o motor para travar. Convenhamos que sendo uma longboard eléctrica ou não, a possibilidade de travar é algo a ter.

Existe agora uma questão física simples que tem de ser tida em conta em qualquer veículo motorizado ou não quando existem travões, chama-se inércia. A primeira lei de Newton é tramada, obriga a extremo cuidado e formas de retenção para objectos em movimento.

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Como ainda não existem formas de retenção em skates, vulgarmente chamados de cintos de segurança, estava eu a testar os travões da longboard, quando saí disparado em frente. Ainda tentei correr para recuperar o balanço mas foi impossível. Quando dei por mim estava estatelado no chão.

Levantei-me imediatamente e comecei a avaliar os estragos. Protecção do cotovelo direito rasgada, casaco rasgado e pele do cotovelo também rasgada. Joelheiras raspadas e protecção dos pulso também raspadas. O capacete desta vez, e espero que nunca por razão de queda, não ficou raspado nem foi ao chão.

Fiquei contente, felizmente a decisão de comprar as protecções foi acertada. Nem imagino como teriam ficado as mãos se tivessem ido directas ao alcatrão. Em casa ainda descobri a anca raspada assim como um joelho. Nada que não cicatrizasse sem assistência médica.

Toda a situação foi boa e má ao mesmo tempo. Foi má porque eu estava “in the zone”, a curtir muito a sensação de andar de longboard eléctrica e a ganhar confiança quando foi tudo interrompido. E foi boa porque faz parte da aprendizagem, estes erros devem ser cometidos cedo para que se aprenda rapidamente e não aconteçam mais tarde e em situações menos controladas.

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Não sei se existe alguma moral nesta história mas as protecções são obrigatórias neste tipo de actividade. Todo o cuidado é pouco e começa-se a ler em fóruns relatos de acidentes com longboards eléctricas uns menos graves, alguns muito graves com consequências físicas permanentes e também mortes.

Fica aqui este alerta porque nunca é demais chamar a atenção para a necessidade de nos protegermos de acidentes estúpidos. Todo o cuidado é pouco, é necessário estar sempre alerta e agir em antecipação. O mundo que nos rodeia ainda não está ciente da existência de longboards eléctricas.

E para acabar de uma forma mais alegre, deixo aqui uns vídeos meus a aprender a andar de longboard eléctrica. Outros vídeos virão para vosso entretenimento.

Longboard – Primeiras Impressões

24 de Julho de 2016

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Finalmente depois de 3 meses à espera entre a compra online e a chegada a Portugal, tenho na minha posse a longboard eléctrica da LecDec. Quando a comprei a indicação era que passado 1 mês seria entregue mas tive de esperar mais 2 meses além da data inicial prevista até chegar.

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Sempre pensei que comprar algo que demorasse mais de 1 mês até ter fisicamente a mercadoria na minha mão era um bocado tonto mesmo se fosse um carro ou até uma casa. Mas pelo que vejo em fóruns de longboards eléctricas, esperar faz parte, quer seja por peças individuais quer seja por longboards completas.

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Durante toda esta espera, depois de andar em fóruns sobre longboards eléctricas, pensei se não teria sido melhor comprar às peças e montar eu mesmo. Depois de ler diversos posts já estava a perceber que componentes comprar e como dimensionar as diversas variáveis de uma longboard eléctrica.

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Só para comparação em relação a um outro projecto meu, em 3 meses investiguei, comprei, esperei por peças, montei e coloquei a voar um quadcopter todo feito por mim de raíz no mesmo espaço de tempo que demorou desde a compra à chegada da longboard isto quando ainda não estava na moda pilotar “drones”.

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De qualquer maneira aprendi o suficiente para manter e eventualmente reparar a longboard caso alguma peça se estrague e tenha de a substituir. Já tive inclusive de fazer uns apertos nas rodas da longboard pois já abanavam onde não deviam e também afinei os trucks à minha maneira para o “carving”.

LecDec Electric Skateboard

Para já aqui fica esta partilha com algumas fotos da longboard à chegada. Tenho mais histórias para contar mas ficam para um próximo post. Se mais alguém estiver interessado sugiro que comprem usando o link aqui indicado por mim na imagem acima já que sou afiliado com a LecDec.

 

Comprei um “carro” eléctrico

31 de Maio de 2016

Na realidade não é bem um carro mas tem quatro rodas, tem motor, trava e serve como transporte para curtas distâncias de um único passageiro. É facilmente transportável debaixo do braço e pode ser levado no metro, autocarro ou mesmo no avião. Trata-se de um skate eléctrico do tamanho de uma longboard mas com motor que aciona uma das rodas traseiras.

No final de 2015 tomei conhecimento da existência de longboards eléctricas num vlog que comecei a seguir de um senhor chamado Casey Neistat. Seria perfeitamente normal a esta altura ver este tipo de “veículos” mais vezes mas isso ainda não acontece, pelo menos aqui em Portugal. Apesar de me recordar vagamente de ver imagens de algo semelhante a um skate com motor à muito tempo, nunca me despertaram a atenção. Talvez uma das razões foi por serem grandes e pesados.

 

Recentemente comecei a considerar se não seria um desafio interessante para mim construir ou adquirir um skate eléctrico. Nunca tive um skate nem nada de parecido pelo que esta é a altura certa para experimentar uma actividade mais radical. Pelo que tenho visto em vídeos no YouTube as longboards são fáceis de aprender a andar embora tenham o seu desafio e algum grau de dificuldade.

Depois de ver uns quantos vídeos na Internet e mais umas quantas páginas de informação que encontrei no Google comecei a perceber qual o “estado da arte” das longboards eléctricas. Têm velocidades que podem ir desde os 10 aos 32 km/h e com autonomias entre os 6 e os 30 km dependendo do peso do “passageiro” e das inclinações nas subidas do trajecto percorrido.

 

Normalmente demoram entre 2 a 4 horas para carregar completamente e as baterias suportam mais de 800 ciclos de carga. Uma característica engraçada de algumas das longboards comerciais é terem travagem regenerativa, quer isto dizer que quando se “trava” recarregam a bateria ajudando um pouco a autonomia. Chamar travão é capaz de ser um exagero já que apenas ajudam a desacelerar, o melhor é pôr sempre o pé no chão.

Wikipedia: Electric skateboard

Há sempre a hipótese de apostar no “faça você mesmo” e comprar kits de peças na Internet para adaptar ou construir de raíz um skate eléctrico de qualquer tamanho que se pretenda. A parte complicada é encontrar trucks com suporte para o motor e rodas que permitam ser acionadas por uma correia. Há quem faça as peças metálicas e soldem o suporte do motor ao truck e também a adaptação das rodas para serem acionadas pela correia.

 

O resto do material necessário são as baterias, comando remoto, controlador de velocidade, motor e os outros componentes de um skate normal. Há quem use comandos baratos de carros de corrida rádio-comandados, entre outros elementos de rádio-modelismo como os motores e ESCs que com o equipamento necessário também são possíveis de construir em casa com base numa versão Open Source chamada VESC  (desenhos e programação disponíveis na Internet).

Embora eu goste da vertente “faça você mesmo” desta vez resolvi ir pelo produto “chave na mão” pela dificuldade em arranjar os componentes e alguma complexidade associada à electrónica. O normal nestas montagens é serem usadas baterias do tipo LiPo as quais têm ciclos de carga/descarga mais díficeis de gerir e de evitar que peguem fogo em algumas circunstâncias particulares.

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Depois de uma investigação demorada e alguns momentos de compra quase impulsiva na emoção do momento, consegui ter o autocontrolo necessário para continuar a pesquisar. Os elementos de comparação eram características como velocidade, autonomia, tempo de carga, país de expedição além de ser uma marca conhecida ou que tivesse análises positivas em vídeos ou páginas na Internet.

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Acabei por não comprar aquela longboard que emocionalmente chamava por mim mas outra que acabava por ser uma cópia desta última feita na China e vendida com várias marcas diferentes. As características e análises na Internet eram positivas e também percebi que era fácil encontrar material suplente se necessário, algo sempre importante e a ter em conta. O desenho do deck da nova remessa de longboards desta marca também é diferente das outras cópias e isso para mim é apelativo.

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Num outro aspecto, também já usei duas vezes o serviço de suporte online via chat para esclarecimentos, o primeiro sobre quando iriam estar disponíveis as novas longboards e o outro foi quando estava a ter dificuldades com o Firefox para fazer o pagamento. Acabei por experimentar o Chrome como sugerido pelo suporte e já consegui desta forma efectuar o pagamento. No entanto não responderam à questão feita pelo formulário no site e a um e-mail que enviei, embora tenham respondido a tudo via chat.

A escolha acabou por recair na marca LecDec que vende para todo o mundo a partir de Inglaterra evitando-se assim taxas alfandegárias na Europa e com um preço final dentro do que eu estava disposto a pagar. Na altura em que fiz o pagamento a longboard estava em pré-encomenda e quis segurar a minha antes que fosse demasiado tarde já que tendem a desaparecer rapidamente. A última informação que tenho é que as longboards já chegaram da China e devem começar a ser enviadas esta semana.

LecDec Electric Skateboard

Se mais alguém estiver interessado sugiro que comprem usando o link aqui indicado por mim na imagem acima já que sou afiliado com a LecDec. Conto apresentar uma análise à longboard quando chegar e em princípio uns vídeos engraçados de um jovem na casa dos quarenta e picos a dar os seus primeiros trambolhões de skate enquanto aprende a equilibrar-se. 🙂

Processamento de video para timelapses

6 de Março de 2016

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Agora deu-me para experimentar a fazer timelapses, nada de muito sofisticado como alguns hyper-timelapses que por aí andam e que são fantásticos, ando só a fazer umas experiências e a ver o que consigo fazer.

Até agora já aprendi algumas coisas nomeadamente os tempos necessários entre as frames para o tipo de timelapse que faço, qual a melhor forma de fazer a captura (video contínuo ou temporização entre frames), como é que os timelapses ficam melhores, programas Android para fazer contas, etc..

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Depois de capturar o video com um smartphone ou com uma camera tipo GoPro com configurações perfeitamente normais, uso o programa Avidemux para cortar o video de acordo com as minhas pretenções e também para criar o timelapse.

Selecciono o codec x264 e aplico dois filtros consecutivos, um para aumentar o frame rate diminuindo o tempo do video e outro para restaurar o frame rate para 30 fps e mantendo o tempo menor devido à aceleração. Se não ficar suficientemente rápido aplico outra vez os dois filtros em sequência.

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Por exemplo, vou agora demonstrar como acelerar um video 24 vezes e quais os valores a colocar. O normal nos meus videos originais é o framerate ser 30 fps. Como o Avidemux só aceita no máximo 200 frames por segundo tenho de aplicar a técnica duas vezes consecutivas:

1. Change FPS: de 30 fps para 180
2. Resample FPS: de novo para 30 fps

Desta forma ficamos com o video acelerado 6 vezes já que 30 x 6 dá as 180 fps configuradas no primeiro filtro. Em seguida aplico outra vez os dois filtros com novos valores:

3. Change FPS: de 30 para 120
4. Resample FPS: de novo para 30

Tal como anteriormente, fazendo as contas, 30 x 4 dá as 120 frames por segundo e uma vez que já estava acelerado 6 vezes, no total temos 6 x 4 o que perfaz uma aceleração de 24 vezes. Espero ter conseguido explicar as contas e para finalizar o timelapse é só gravar o video possivelmente excluindo a pista sonora que não deverá fazer falta.

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Bem sei que há outros softwares que permitem fazer um timelapse de uma forma mais fácil principalmente se o filtro já estiver incluído dentro do programa de edição video mas eu prefiro fazer desta forma e manter a “compatibilidade” com ferramentas opensource que existem para Linux, como o Avidemux.